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ADEILDO Embaraçado




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PESQUISAS HISTÓRICAS

PESQUISAS HISTÓRICAS

Teorias sobre a origem do homem americano e brasileiro

Chegando à América

A hipótese tradicional propõem que o ser humano chegou ao continente americano atravessando uma ponte de gelo ou terras emersas na região do Estreito de Bering, entre os atuais Estados Unidos e Rússia.

Segundo essa hipótese, alguns cientistas afirmam que a chegada dos primeiros grupos teria acontecido há cerca de 20 mil anos, durante a última glaciação, época em que a temperatura do planeta esteve extremamente baixa e as geleiras avançaram dos pólos em direção ao equador.

Esses primeiros ocupantes da América, que teriam vindo das atuais Mongólia e Sibéria, na Ásia, seriam caçadores e estariam perseguindo suas presas quando fizeram a travessia para a América do Norte. Tudo indica que, naquele momento, o nível do mar estava aproximadamente 150 metros mais baixo do que atualmente, formando assim uma sólida faixa de gelo. Essa camada de gelo teria se desfeito quando a temperatura do planeta subiu, dando origem ao atual Estreito de Bering.

A migração de seres humanos através do Estreito de Bering não pode ser descartada, mas é provável que tenham existido outros caminhos. É possível também que homens e mulheres tenham chegado ao continente americano muito antes dessa data.

 

O homem brasileiro

Ainda não se sabe ao certo quando os primeiros grupos humanos começaram a povoar o território brasileiro.

Durante muitos anos, esses grupos forma crescendo e avançando em todas as direções do continente, ocupando inclusive o território que hoje é o Brasil. Como eram nômades, deslocavam-se de um lugar para o outro, alimentando-se de animais, peixes, frutas e raízes.

Eles percorreram o continente em direção ao sul, acompanhando rebanhos de animais e caçando bisões, mamutes, castores e preguiças gigantes. Os cientistas encontraram fósseis desses animais e pontas de flechas que indicam os caminhos por onde andaram nossos antepassados.

Com o passar do tempo, alguns grupos foram se fixando em diferentes lugares. Passaram a domesticar animais e a cultivar a terra, formando pequenas aldeias.

Muitos cientistas afirmam que os grupos humanos já estavam aqui a 12 mil anos. Outros falam em 25 mil anos. O fato é que trabalhos recentes mostram que há 10 mil anos o Brasil não era um deserto de gente. Diferentes povos já haviam se espalhado por regiões como a Amazônia, o Nordeste, o Pantanal e o Cerrado.

Vestígios da humanidade

Os fósseis são as principais fontes de informação utilizadas pelas pessoas que estudam a origem da humanidade.

O fóssil não é parte do ser vivo. Alguns minérios, com o tempo substituem o material orgânico, preservando a forma original do ser vivo. Então, dá-se o nome de fóssil às formas petrificadas ou endurecidas dos seres vivos, com pelo menos 10 mil anos.

A humanidade está presente em quase toda a superfície da terra povos com culturas diferentes ocupam hoje tanto áreas transformadas por avançada tecnologia quanto territórios onde a natureza original predomina como as densas florestas tropicais.

Mas nem sempre foi assim há milhões de anos atrás os primeiros grupos de Hominídeos viviam restritos a pequenas regiões da África com escassos recursos para transformar a natureza.

As alternativas encontradas pela humanidade neste longo espaço de tempo constituem o objeto da história são alternativas que não resumem apenas a luta pela sobrevivência, mas dizem respeito também às opções de organizações sociais, políticas, econômicas e culturais. Enfim, a todos os aspectos das ações e pensamentos dos seres humanos que garantiram sua sobrevivência e deu forma a inteligibilidade ao mundo que conheciam nas mais diferentes épocas.


Hominídeos: Na classificação dos seres vivos, hominídeo corresponde a uma das famílias da ordem dos primatas. Diz respeito a toda humanidade e seus antecedentes diretos de todos os hominídeos, apenas o gênero homo não é extinto e das espécies, apenas a do homo sapiens moderno sobrevive.

Origem da humanidade

Quando e onde a humanidade teve início? Todos nós temos um ancestral humano comum, mas onde e quando ele viveu? 

Saber precisamente quando viveu o ancestral dos seres humanos não é uma tarefa fácil. Se regredirmos 50 milhões de anos é claro que o meu ancestral também foi o ancestral de todos os seres humanos, porém aquele ser não era um humano, mas um mamífero ancestral. Por outro lado, se voltarmos apenas 200 anos, meu ancestral com certeza era um ser humano, porém certamente ele não é o ancestral de toda a humanidade, a qual existia bem antes dele. É claro que a origem da humanidade está em um período intermediário entre esses dois exemplos, mas quando? 50 mil anos? 500 mil anos? Ou até 1 milhão de anos? Por definição a origem da humanidade está no período mais antigo no qual todos nós tivemos um ancestral humano comum.

 

E onde vivia o ancestral da humanidade? Muitos defendem que a origem da humanidade está na África, pois nesse continente há maior diversidade genética. Ainda que seja verdadeiro que o continente africano apresente maior diversidade genética entre humanos, isso não prova que a origem da humanidade ocorreu na África.

 

A busca pela origem da humanidade segue basicamente dois caminhos investigativos: os genes e os fósseis. Para entender o caminho investigativo genético para a origem da humanidade é preciso alguns esclarecimentos sobre os genes.

 

Os genes sexuais são importantes para traçar as origens da humanidade. Um homem tem um cromossomo Y, que herda do pai, e um cromossomo X, que herda da mãe. Já a mulher tem dois cromossomos X, os quais herda do pai e da mãe. Devido à sua taxa de mutação, os cromossomos Y são de muita utilidade para estudos de períodos de tempo relativamente recentes.

Já o DNA mitocondrial é transmitido exclusivamente pela mãe. Mitocôndrias são corpúsculos no interior das células que tornam possível que utilizemos oxigênio como energia. As mitocôndrias eram bactérias livres, que fixaram-se dentro das células há bilhões de anos. Desta forma, as mitocôndrias têm material genético próprio, e uma linha independente de reprodução por divisão simples assexuada. O DNA mitocondrial é muito importante para estudos genéticos. Através dele é possível dizer quando viveu nossa ancestral feminina mais antiga possuidora desse DNA mitocondrial. Popularmente essa ancestral é conhecida como Eva. Da mesma forma, poderia-se usar o cromossomo Y para indicar quando viveu nosso ancestral comum mais recente masculino, que poderíamos chamar de Adão, mas tecnicamente isso é bem mais difícil. A grande utilidade do cromossomo Y e do DNA mitocondrial é que eles não são contaminados pela mistura sexual, tornando mais fácil a busca de suas origens.

 

Então através do genes conseguimos descobrir quando viveram nossos mais antigos ancestrais masculinos e femininos, Eva e Adão? Sinto em dizer que a resposta é negativa. É preciso compreender que o material genético humano é organizado em 23 pares de cromossomos. Ao acharmos quando viveu Adão, estaríamos na verdade apenas encontrando a origem de nosso cromossomo Y. Isso não indica a origem de todo o resto do material genético que produz um humano. De forma similar, ao encontrarmos a origem de nosso DNA mitocondrial mais antigo estaríamos descobrindo exatamente isso: o DNA mitocondrial mais antigo que todos herdamos, e não a primeira mulher humana. Então, é preciso entender que a data desses Adão e Eva são apenas indícios de quando surgiram partes de nosso DNA.

Para ilustrar ainda mais essa complexidade, estima-se atualmente que o Y de Adão tenha 60 mil anos e que o DNA mitocondrial de Eva tenha 140 mil anos. Percebe-se claramente que Adão e Eva não formaram um casal. A explicação para essa diferença é que a variação número de descendentes entre homens é muito maior que entre as mulheres. Um homem pode ter centenas de descendentes e outro apenas 1 ou nenhum. Assim, um homem bem sucedido em deixar descendentes precisaria de menos gerações para se tornar um ancestral universal. Já entre as mulheres essa variação não é tão grande, precisando-se de mais gerações.

 

Há algum tempo foi descoberto que o nosso DNA mitocondrial mais antigo veio da África. Ou seja. Eva era uma mulher africana. Logo a imprensa, e boa parte da população, passou a acreditar que a primeira mulher, da qual a humanidade se originou, vivia na África. Como explicado anteriormente, o que foi descoberto é apenas que o DNA mitocondrial mais antigo veio da África. O nosso material genético organizado em 23 pares de cromossomos, que nos fazem humanos, pode ter origens diferentes. Basear-se em um único gene é uma simplificação que pode levar ao equívoco.

E o que dizem os fósseis? Pelos fósseis está claro que nossos ancestrais homídeos e hominídeos, viveram na África. Apesar de serem nossos ancestrais, esses primatas não eram humanos. Os fósseis também dizem que a espécie de hominídeos homo erectus originou-se na África e se espalhou para Ásia, Europa e Oceania. Os homo erectus viveram entre 1,8 milhões de anos e 300 mil anos atrás. Porém, é possível que populações de homo erectus tenham vivido em épocas bem mais recentes do que 300 mil anos atrás, convivendo com homo sapiens, nossa espécie. A análise dos fósseis indica que nossa espécie descende dos homo erectus, porém não é capaz de precisar quando e onde isso ocorreu.

 

Existem duas teorias mais populares em disputa sobre onde e quando ocorreu a origem da humanidade. A teoria “saída da África” defende que a população humana mundial é descendente de uma única migração para fora do continente africano que ocorreu em torno de 100 mil anos atrás.

Já a outra teoria da origem da humanidade é a das “origens separadas”. Nessa teoria, os ancestrais humanos homo erectus na Ásia, África e Europa foram evoluindo, inter-cambiando genes e migrando entre os continentes contribuindo para origem do homo sapiens, nossa espécie.

Também é plausível que boa parte de nosso material genético tenha saído por volta de 100 mil anos da África, e que outra parte veio de populações de homo erectus em outras regiões na Ásia, Europa e Oceania. Desta forma, a explicação poderia ser intermediária entre as duas teorias.

O biólogo evolutivo Alan Templeton fez um trabalho muito interessante analisando várias características genéticas da humanidade para analisar suas origens. A teoria de Templeton é “saída da África, de novo, e de novo”. Pela teoria de Templeton, houve três grandes migrações para fora da África. A primeira foi a do homo erectus por volta de 1,7 milhões de anos. Essa não é a origem da humanidade, pois o que chamamos de homo sapiens ainda não existia. Outras grandes migrações para fora da África teriam ocorrido entre 840 e 420 mil anos atrás, e entre 150 mil e 80 mil anos atrás. Há sinais genéticos indicando também uma grande migração a partir da Ásia de volta para África há 50 mil anos.

Além dessas grandes migrações, outros sinais genéticos indicam que havia intercâmbio genético entre as populações da África, sul da Europa e sul da Ásia. Desta forma, o estudo de Alan Templeton afirmaria a teoria das “origens separadas” da humanidade. Abaixo o diagrama torna mais fácil visualizar onde e quando ocorreram as migrações humanas e trocas genéticas entre populações de vários continentes. Vejam as linhas mais finas mostrando o intercâmbio genético entre as populações de vários continentes e as mais grossas indicando grandes migrações.